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Com “ataques” entre vereadores, Câmara rejeita CPI da Covid por 7 a 4 após 2h de discussões e retirada de assinatura em Vilhena

Com “ataques” entre vereadores, Câmara rejeita CPI da Covid por 7 a 4 após 2h de discussões e retirada de assinatura em Vilhena

Clima esquentou na sessão e vereador colocou em xeque nomeações de secretários municipais

Votação dos vereadores na CPI da Covid em Vilhena / Foto: Extra de Rondônia

Por 7 a 4, a Câmara de Vilhena rejeitou, na sessão ordinária desta terça-feira, 13, o requerimento que previa a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que tinha por finalidade um verdadeiro “pente-fino” nos gastos da saúde pública na pandemia no município

O assunto foi o único a ser discutido na Casa de Leis durante 2 horas, com discursos favoráveis e contrários ao procedimento.

Inicialmente, cinco vereadores eram favoráveis à abertura da CPI: Samir Ali (Podemos), Nica Cabo João (PSC), Clerida Alves (Avante), Dhonatan Pagani (PSDB) e Ademir Alves (DEM). Mas, este último (Ademir), retirou sua assinatura do requerimento nesta segunda-feira, conforme documento abaixo obtido pelo Extra de Rondônia.

Foram contrários à CPI: Zé Duda (PSB), Zeca da Discolândia (PSB), Zezinho da Diságua (PSD), Vivian Repessold (PP), Sargento Damascena (PROS), Wilson Tabalipa (PV), Pedrinho Sanches (Avante). Por ser o presidente da Casa, Ronildo Macedo (PV) não votou (faz apenas para desempate), mas, mesmo assim, também se manifestou contrário.

Durante a sessão, o clima esquentou entre alguns vereadores no momento das discussões.

Pedrinho Sanches, foi contundente na defesa ao prefeito Eduardo Japonês (PV) e chegou a dizer que por trás da CPI há uma cortina política e eleitoreira. “O prefeito e os secretários estão de parabéns pelo trabalho feito até hoje e, na saúde, fazendo todo o possível para levar adiante as ações de combate à pandemia, trabalhando dia e noite por melhorias. No nosso entendimento, a CPI não é para fiscalizar nada. É só uma cortina politiqueira e eleitoreira”, desabafou.

Vivian Repessold disse que não é contra a CPI, mas sim contra desviar o foco do momento que é salvar as vidas das pessoas. “Estamos esquecendo do principal, que é o ser humano. A CPI vai salvar a vida de pacientes? Nós estamos aqui para ajudar ou atrapalhar?”, questionou.

Mesmo não votando, Macedo disse que não é o momento para uma CPI e concordou com seu colega Pedrinho, de que existe uma suposta cortina por trás de tudo isso. “Precisamos ter responsabilidade nesse momento e evitar os interesses políticos com vistas às eleições de 2022”, afirmou.

Votação da CPI na Câmara de Vilhena / Foto: Extra de Rondônia

Contudo, Samir Ali, vice-presidente do Legislativo, discordou dos seus colegas, comentou o ofício enviado pelo Conselho Municipal de Saúde solicitando a investigação e diz não poder acreditar que uma assinatura tenha sido retirada no meio da madrugada, se referindo ao posicionamento de Ademir. “A CPI é um instrumento que vai facilitar nossa fiscalização. Hoje nem o Conselho de Saúde tem seus ofícios respondidos pelo Executivo. O que vejo é uma manobra na madrugada para retirar uma assinatura”, analisou.

Samir também respondeu Pedrinho, dizendo que não é para desmerecer o trabalho dos colegas e que Pedrinho se manifesta como um líder nato do prefeito. “Ele está com vontade de defender Japonês e não à população”, disse.

Por outro lado, Pagani reforçou a importância da CPI e lembrou que aguarda até hoje a solicitação das Atas da Covid por parte do Executivo, e que a Casa teve que acionar a Justiça. Garantiu, mais uma vez, que sua campanha política foi feita sem apoio de políticos e repudiou ataques feitos por membros do 1º escalão da prefeitura, colocando em xeque as nomeações de secretários municipais.  “Se a gente não consegue fiscalizar, nós estamos aqui fazendo o quê?, observou.

Ao final da sessão, Pedrinho informou que Ademir retirou a assinatura da CPI porque “fiquei esperando as provas e não trouxeram”.

SUPOSTAS IRREGULARIDADES

A criação de uma CPI iniciou após questionamentos da sociedade e ofício do Conselho Municipal de Saúde (CMS) protocolado na Câmara, Ministérios Públicos Federal e Estadual requerendo a fiscalização dos gastos e, ainda, a investigação de uma suposta Casa de Apoio “fantasma” em Vilhena

Vereador Ademir solicitou a retirada de sua assinatura da CPI / Foto: Extra de Rondônia

FONTE:EXTRADERONDONIA.

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