spot_img
InícioGeralDIA 10, FERROVIA MADEIRA MAMORÉ COMEMORA 87 ANOS DE NACIONALIZAÇÃO

DIA 10, FERROVIA MADEIRA MAMORÉ COMEMORA 87 ANOS DE NACIONALIZAÇÃO

DIA 10, FERROVIA MADEIRA MAMORÉ COMEMORA 87 ANOS DE NACIONALIZAÇÃO

Porto Velho, RONDÔNIA – “O sonho não acabou”, o desabafo é do presidente da Associação dos Ferroviários da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (ASFEMM), José Bispo de Morais, 83, ao se referir a mais um episódio alusivo à nacionalização do complexo pelo governo brasileiro. Mesmo recheada de polêmicas, à parte, as histórias que cercam a Ferrovia Madeira Mamoré tem nas datas de sua idealização, construção e conclusão do projeto que visava escoar a produção de látex e a integração da Bolívia ao Oceano Atlântico, “mais fatores positivos que negativos”, admitem dirigentes da entidade. E é por conta de toda uma história relevante ao povo rondoniense que, “ferroviários e seus remanescentes, lutam ainda hoje para manter vivas as chamas que envolvem o maior expoente histórico, cultural e patrimonial de nossa gente, a Estrada de Ferro Madeira Mamoré desde os limites da cidade de Guajará-Mirim”, enfatizam Bispo de Morais e George Telles (O Carioca). Para não deixarem passar em brancas nuvens o dia 10 de Julho de 1931 é que, mais uma vez, apesar as dificuldades e do descaso das autoridades ligadas à defesa do patrimônio ferroviário nacional, que, “a ASFEMM pretende realizar uma bonita festa na próxima terça-feira, 10, por ocasião de mais um aniversário pelo dia que se deu aa Nacionalização da EFMM pela União Federal”, completou o octogenário ferroviário Bispo de Morais. Em busca do sucesso de mais um evento alusivo a essa data comemorativa que, os ferroviários em peso, por suas próprias pernas, apoiadores e parceiros, devem reunir grande público ao largo da Estação Central dos trens ao som da sirene e dos apitos da Litorina sob os trilhos. – A Banda de Música da 17ª Brigada Militar, além de queima de fogos e um pequeno buffet, alinhado à essa época, vai ditar o tom da alegria destinada ao público durante a programação, anunciou Bispo de Morais. Também é previsto durante as comemorações do Dia 10 referente á nacionalização da EFMM, a leitura de documentos inéditos em poder da Associação dos Ferroviários, fruto da cobiça interna e externa, em que “fatos históricos podem ser revelados”, entre os quais, destacam-se sequestros e furtos de locomotivas, além de peças do rico acervo cultural da EFMM ainda não recuperados, mas em ugar incerto e não sabido. Faz parte, ainda, da programação oficial, além do repertório inédito pela Banda de Música da 17ª Brigada, a reiteração do pedido da ASFEMM ao ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, em favor do urgente tombamento e da reativação da EFMM da Vila Santo Antônio a Guajará-Mirim, cujo processo já está em andamento junto ao IPHAN de Rondônia sob a chancela da Presidência da República, sob o número 1819-T-17, de autoria do Vice-Presidente da ASFEMM, George Telles (O Carioca). Foi em em10 de julho de 1931 que, a não menos famosa “Ferrovia do Diabo”, cantada e decantada por expoentes da historiografia ferroviária nacional, entre os quais, os escritores Márcio Souza – do lado amazonense e Francisco Mathias, por Rondônia – “recebeu sua certidão à eternidade”, apesar de sua extinção nos anos 1972. Na esteira ao longo da história que envolve o mito que é ainda hoje a “Estrada de Ferro de Ferro Madeira Mamoré”, sobretudo em meio a estudantes jovens e estudiosos, além do tombamento do trecho de Santo Antônio à cidade de Guajará-Mirim, na divisa da fronteira binacional com a Bolívia, vale salientar sua importância para a economia e à geopolítica, à época, para a Bolívia, Brasil e Estados Unidos com a assinatura dos Tratados de Ayacucho em 1867 (deu origem à construção), o da Navegação e Construção de Via Férrea, de 1882 (permitiu a construção de portos aos Vapores e a demarcação da área construída) e o de Petrópolis, que obrigou o Brasil a construir a Estrada de Ferro Madeira Mamoré, em definitivo. Fonte: Assessoria]]>

Veja também