spot_img
InícioGeralPorto Velho - De aliado, Boi passa atuar como opositor do prefeito...

Porto Velho – De aliado, Boi passa atuar como opositor do prefeito Hildon Chaves

Porto Velho – De aliado, Boi passa atuar como opositor do prefeito Hildon Chaves

 24/04/19 08:32

Prefeito transforma vice aliado em opositor, diz analista

 

Porto Velho, RO – O Brasil já foi governado por oito Vices-Presidentes, entre os quais, Floriano Peixoto e três outros durante o período sucedâneo à Ditadura Militar de 1964-85, tendo como destaque Itamar Franco, José Sarney e Michel Temer, respectivamente, vices de Fernando Collor, Tancredo Neves e Dilma Rousseff, essa saída das hostes do Partido dos Trabalhadores (PT).

Também tiveram sucesso e uma vida de progressão considerada polêmica, na qualidade de Vice-Prefeitos, cinco deles que comandaram a cidade de São Paulo (maior metrópole da América Latina) por mais de um mandato, registram dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) paulistano e da Procuradoria Geral da República (PGR), do Distrito Federal (DF).

Gilberto Kassab (PSD) foi vice do então prefeito José Serra, que também foi ex-governador e é atual senador pelo mais desenvolvido Estado brasileiro, com uma população de mais de 40 milhões habitantes – São Paulo. À época, cinco prefeitos eleitos abriram mão dos mandatos aos seus respectivos vices – como João Dória (PSDB) o fez após ligeiros 18 meses à frente do mandato de prefeito dos paulistanos para ser eleito governador, em 2018.

Semelhança

Em Porto Velho, a história política não registra nenhuma renúncia de prefeito para favorecer seu vice na chapa para que os levassem ao comando do Palácio Presidente Getúlio Vargas ou ao Centro Político Administrativo (CPA) em detrimento do inquilinato seguro do Palácio Tancredo Neves.

Ao contrário, segundo o analista João Lemes Soares, “os vices-prefeitos, todos sofreram algum tipo de desgaste tramado pelos titulares, clara ou sorrateiramente, depois de terem seus nomes jogados na lama e no lixo”.

Ainda causa espanto a forma pela qual o então Vice-Prefeito Carlinhos Camurça para assumir a Prefeitura da Capital Porto Velho. Foi preciso ChiquilitoErse, eleito com apoio do ex-Governador Jorge Teixeira. Entre os dois havia certa harmonia, mas que em nada cheirava a golpe ou a conspiração quando o assunto era abrir vacância para o vice assumir o posto.

Diferentemente da gestão Sebastião Valadares, da do Emedebista Tomás Correia (próspero fazendeiro, em Jaru), passando ainda por José Guedes (considerado a gestão maia socializante da época) e Mauro Nazif – que não teriam desdenhados seus vices –, os ex-prefeitos Roberto Sobrinho (PT) e o tucano Hildon Chaves, “são acusados de tramarem contra seus vices, com a nítida tentativa de anular os vices vitoriosos de suas chapas”, assinala Soares.

De tentativa em tentativa, o prefeito Dr. Hildon Chaves, ao longo do mandato repetiu a estratégia do ex-governador Ivo Cassol que anulou, totalmente, a Vice-Governadora Aldaíza Fernandes (nascida na antiga Vila Porto Acre). O tucano Chaves é acusado ainda de demitir a mulher do Vice-Prefeito Edgar do Boi (PSDC), anular sua atuação em Palácio e por extensão, “impor-lhe ostracismo seguido da desidratação das suas aparições nas frentes de obras e nas decisões de governo”, aponta o analista.

Ao CORREIO DE NOTÍCIA, ex-assessor na Chefia disse que, “de licença em licença tirada quase que trimestralmente para viagens ao exterior (para ir à China, ao casamento da filha em Miami e à Disney, em Orlando, Estados Unidos), o prefeito Hildon Chaves, em vez do vice quem teria assumido a Prefeitura fora o Assessor Dr. Santana”.

Turista

– Essa prática continua sendo executada pelo prefeito quase que, semanalmente, também, nas viagens entre Porto Velho, Goiânia e São Paulo-Porto Velho por até 14 dias, informou o ex-assistente.

Também conta o ex-Assessor do Gabinete, enfim, que, “o prefeito teria defendido o nome do Vice para o comando da Secretaria Municipal de Infra-Estrutura e Serviços Básicos (SEMISB), mas que agora o quer fora da Prefeitura”. Ele ainda insiste ignorar o preceito constitucional que diz que, “o Vice-Prefeito é o segundo em exercício no cargo do Executivo Municipal”.

No Brasil, atesta o analista João Lemes Soares, Edgar do Boi, “esse representante foi eleito através do voto direito, para quatro anos de mandato, juntamente com o prefeito, de modo vinculado sob a égide da Constituição Federal, Artigo 29, I e II”.

– O Vice-Prefeito, em qualquer ponto do País, sempre será o substituto do prefeito municipal em caso de ausência por licença ou outro impedimento, vez que esse representante pode e deve exercer a função dentro da administração municipal, arrematou o analista.

Em linhas gerais, a figura do Vice-Prefeito, Edgar do Boi, segundo analistas consultados pelo CORREIO, “sempre atuou como aliado e nunca como opositor”. E faz cumprir o papel da aliança firmada desde a inscrição da chapa na eleição de 2016 entre PSDC/PSDB, “numa função que não gera dúvidas e que ganha notoriedade entre as mais destacadas camadas populares da cidade, Baixo Madeira aos distritos da Ponta do Abunã”.

Fonte

Xico Nery/CNR

Veja também