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VALE DO GUAPORÉ – Projeto ativado há quase meio século repovoa zona ribeirinha de quelônios, mas precisa de ajuda

VALE DO GUAPORÉ – Projeto ativado há quase meio século repovoa zona ribeirinha de quelônios, mas precisa de ajuda

A tartaruga faz parte da cadeia alimentar de todos os animais que vivem na água.

COSTA MARQUES – Em 2019 estima-se que mais de 4 milhões de filhotes de tartarugas (quelônios), nascidos nas praias do lado brasileiro do Rio Guaporé, divisa com a Bolívia, foram protegidos pelos ribeirinhos e puderam ganhar o caminho natural das águas, conforme a Associação Comunitária Quilombola e Ecológica do Vale do Guaporé (Ecovale – RO).

Esse trabalho, assumido pela Ecovale em 1999, ganhou mais força 23 anos antes, em 1976 quando o governador do Território, Humberto Guedes, atendeu uma proposta do então secretário de Agricultura, o engenheiro-agrônomo Edgar Cordeiro, para desenvolver o projeto que àquela altura foi chamado pela imprensa de “salvação das tartarugas”, porque conforme várias denúncias a caça sem qualquer controle quando elas chegavam às praias e as escavações dos ninhos para tirar o ovos estava acabando com o animal.

Na época Guedes autorizou uma campanha de conscientização com os moradores e uma atenção com os ninhos e as matrizes. Foram estabelecidos segurança e, depois, uma espécie de viveiros, onde os filhotes pudessem ficar até ganhar força suficiente para serem integrados à natureza.

Um dos problemas era representado pelos ribeirinhos bolivianos que, conforme noticiado à época, costumava atravessar o Guaporé e fazer a “viração” – virar as tartarugas de peito para cima de modo a imobilizá-las para o abate, e a coleta dos ovos.

No Guaporé, é comum que carcaças de matrizes sejam encontradas, atacadas por onças e, provavelmente também, por jacarés, mas são inimigos naturais que têm como uma das fontes de alimentação os quelônios, filhotes ou adultos, como explica o conservacionista Zeca Lula, da Ecovale.

“Nesse período de 30 anos, já foram devolvidos ao Rio Guaporé aproximadamente 20 milhões de filhotes de quelônio. A tartaruga faz parte da cadeia alimentar de todos os animais que vivem na água. O fato de preservarmos os quelônios, não quer dizer, que estamos salvando apenas a tartaruga ou a tracajá, mas, todos os animais que vivem nas águas do rio Guaporé”, disse o coordenador da Eco Vale Zeca Lula, lembrando que daí vem a importância do trabalho de preservação, que deve ter apoio do governo.

 

 

 

Fonte: Assessoria

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